Felipe Alecrim volta a cobrar Censo de pessoas em situação de rua no Recife

Vereador usou a tribuna da Câmara Municipal para falar sobre a falta de dados suficientes que dificultam a elaboração de políticas públicas para pessoas em situação de rua da cidade.

Foto: Guga Matos

Na Sessão Plenária desta segunda-feira(24), na Casa de José Mariano, o vereador Felipe Alecrim, voltou a cobrar o Censo Municipal da População de Rua, que foi iniciado em agosto de 2022,  pela prefeitura do Recife, para levantar informações sobre as famílias que vivem nas ruas da cidade. A previsão era que esses números fossem divulgados em janeiro deste ano, mas, até agora, nada foi entregue. 

O último Censo é de 2019, e aponta 1,4 mil pessoas em situação de rua, número que já não condiz com a realidade da capital pernambucana, que sofreu um aumento de crise econômica devido a pandemia da covid-19. A falta de dados dificulta a atuação de políticas públicas efetivas para os recifenses que ocupam os espaços centrais da cidade.

O Projeto de Lei 265/2022, de autoria do vereador, e que tramita na Câmara dos Vereadores, cobra da prefeitura, a divulgação dos números da pesquisa do Censo sobre pessoas em situação de rua, e o cumprimento de propostas de requerimentos já aprovadas para essa população, também de sua autoria, como por exemplo, o requerimento nº 2452/2021, que pede a instalação de espaços para a higienização pessoal, em favor das pessoas em situação de rua na cidade do Recife, e que até hoje não foi atendido pelo executivo. 

Em seu discurso, Felipe Alecrim disse que "não precisa ser especialista para perceber que esse número cresceu bastante e sem informações concretas é impossível construir políticas públicas para essa população". 

O vereador disse que a Câmara Municipal faz a sua parte, por meio de escutas à população e do envio de requerimentos ao Poder Executivo. “Posso relembrar, aqui, a necessidade, posta pelas próprias pessoas em situação de rua, da implementação de um restaurante popular na Zona Sul, a manutenção e a liberação de banheiros públicos – que não tem condição de uso e que só vivem fechados –, o acesso à saúde”, disse. “São muitas as necessidades e muito pouco é feito pela Prefeitura da Cidade do Recife”.